Escola da Terra

Apresentação

A Escola da Terra é um programa de formação continuada e acompanhada de professoras e professores, que propõe como principal estratégia de educação a utilização de recursos pedagógicos para a construção do conhecimento de educandas e educandos a partir da valorização de seus contextos socioculturais. É desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC), no âmbito da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) e do Programa Nacional de Educação do Campo (PRONACAMPO).

O PRONACAMPO é uma política específica para o campo, que compreende a educação como um direito público subjetivo e reconhece a dívida do poder público em relação ao direito dos povos do campo à educação. Lançado pelo Governo Federal em 20 de março de 2012, Portaria no 86 de 02 de fevereiro de 2013, o PRONACAMPO define ações específicas de apoio e efetivação do direito à educação dos povos do campo e quilombola, considerando as
reivindicações históricas oriundas dessas populações.

Contexto catarinense

Em Santa Catarina, a Escola da Terra vem sendo desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desde 2014. Na primeira edição, participaram 184 professoras e professoras, de 51 municípios de todo o estado.

A segunda edição ocorreu entre 2016/2017 no Planalto Norte Catarinense. Contou com a participação de 853 professoras e professores de oito municípios (Canoinhas, Mafra, Monte Castelo, Papanduva, Bela Vista do Toldo, Irineópolis, Três Barras e Major Vieira).

 

 

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Edição Escola da Terra Santa Catarina 2023

A partir de 2023, o programa volta para a realização do curso de aperfeiçoamento para professoras e professores “Escola é Vida em Comunidade: Escola da Terra UFSC”. O objetivo é promover a reflexão sobre a produção do conhecimento desde a perspectiva da Educação do Campo, tendo como eixos a agroecologia, como meio de produção e preservação da vida; e a escola do campo, como espaço de fortalecimento comunitário. A meta é envolver 120 professoras e professores que trabalham no Ensino Fundamental, nos municípios de Canoinhas, Santa Rosa de Lima e Imaruí, com 40 vagas previstas para cada município, totalizando 120 vagas.
A carga horária prevista é de 180 horas ofertadas em Alternância, sendo 120h de Tempo Universidade e 60h de Tempo Comunidade/Escola.

O curso é dividido em três etapas, com seminários de lançamento, seminário de finalização e formação mensal nos municípios, ao longo de sete meses:

  • Tempo Universidade 1 (20h) – Seminário de Lançamento do Curso de Aperfeiçoamento “Escola é vida na Comunidade: Escola da Terra UFSC”
  • Tempo Universidade 2 – 6 (56h) – As escolas e as comunidades do campo: Esta etapa da formação será realizada ao longo de seis atividades formativas pedagógicas, desenvolvidas nos municípios e que serão acompanhadas por formadoras e formadores, tutoras e tutores, para desenvolvimento de conteúdos referentes aos Eixos EDUCAÇÃO E ESCOLA do CAMPO e AGROECOLOGIA. Nesta parte do curso também serão propostos intercâmbios entre os municípios participantes.
  • Tempo Escola-Comunidade (60h): Os/as professores/as desenvolverão o Inventário da Realidade em suas escolas e/ou comunidades. O Inventário e os conhecimentos apreendidos durante a formação do Tempo Universidade serão apresentados no seminário de finalização do curso. Os documentos resultantes deverão dar subsídios para a elaboração de propostas pedagógicas, materiais didáticos ou outros produtos que emergirem da formação, tendo como base a o título do curso, “Escola é Vida na Comunidade”. Para apoiar as atividades realizadas durante o Tempo Escola-Comunidade será necessário o trabalho dos/as tutores/as e a utilização de comunicação remota entre participantes da formação: professores/as cursistas, docentes-tutores/as, professores/as formadores/as e coordenador estadual.
  • Tempo Universidade 7 (40h) – Seminário de Finalização da formação continuada “Escola
    é Vida na Comunidade: Escola da Terra UFSC”. O seminário será realizado em Florianópolis e terá carga horária de 40h e tem como objetivo apresentar os resultados do inventário e aprofundar os estudos acerca da realidade inventariada a partir das áreas do conhecimento: Ciências da Natureza, Humana e Social, Matemática e Linguagens. Atividades Formativas previstas: Apresentação do Inventário; Formação Humana e Educação do Campo; Mulheres do Campo: quintais produtivos e sementes crioulas; Soberania Alimentar e as escolas do campo; Ensino de Ciências da Natureza a partir da saboaria e os fitoterápicos; Raça, etnia e educação do campo; A literatura e a formação humana; A cultura popular nas escolas do campo.